31/03/15 - SALVE O 31 DE MARÇO!
Por Maynard Marques de Santa Rosa
Aqui, o caos do desgoverno e a anarquia de inspiração ideológica, no início dos anos 1960, empurravam o País para o cenário da Guerra Civil Espanhola, tornando inevitável a intervenção militar.
A diferença é que o governo Castello Branco não tinha aspirações napoleônicas. E os jacobinos de lá eram nacionalistas, enquanto os daqui usavam o internacionalismo proletário para justificar o patrocínio estrangeiro.
Digam o que quiserem os
revisionistas, a intervenção de 1964 veio com apoio popular, sob o consenso das
forças políticas e respaldada no princípio constitucional de que “todo o poder
emana do povo”.
Na França de 1799, seguiu-se o
projeto de glória de um homem só. No Brasil, tomou corpo o ideal de uma geração
de militares, iniciado com os “jovens turcos” que retornaram da Alemanha de
Guilherme II, trazendo a inspiração de Kemal Ataturk, de que é possível
reverter o atraso secular de um povo, quando se combinam patriotismo, espírito
renovador e liderança. O tenentismo de 1930 ressurgiu, renovado, no projeto
desenvolvimentista de 1964.
Graças ao planejamento estratégico, a
economia teve um crescimento contínuo e sem precedente, durante vinte anos, a
despeito da subversão comunista e das crises do petróleo de 1973 e 1978.
Uma liderança honesta e
empreendedora, com um projeto nacional, reverteu as bases rurais da sociedade,
consolidou a industrialização, integrou o País e resgatou a Amazônia da crise
em que se debatia desde o colapso do mercado A redemocratização foi gradual e
civilizada, conduzida sob o princípio da conciliação, consagrado no instituto
da anistia. Aqui, não houve restauração sob a ameaça de forças estrangeiras.
Entretanto, a politização que se seguiu trouxe de volta os atavismos da
corrupção, da incompetência e da desarmonia.
A ausência de um projeto de futuro,
após o ciclo revolucionário, deu espaço às políticas errantes de cunho
populista que vêm transformando o Brasil em uma autarquia clientelista de fundo
fascista.
A lei do progresso, porém, é
inexorável. O despertar visível da juventude pensante trará a onda renovadora,
que haverá de varrer a inércia atávica e as raízes ideológicas de desarmonia,
fazendo raiar luminosas esperanças.
O marco histórico do 31 de março
volta a suscitar nos corações patrióticos o apelo ao compromisso de união de
todos em torno do ideal de um Brasil progressista, justo e fraterno, berço da
liberdade e coração do mundo."
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