Louco por
louco, um a mais ou a menos, tanto faz!
O jovem músico
e letrista carioca de rock, Raphael Trindade dos Santos, primeiro colocado no
gênero Poesia do 9º Concurso de Literatura da extinta Fundação Cultural de
Canoas (concorrendo com autores de quatro continentes), titulou assim seu poema
vencedor: “Os loucos é que vão para o céu”.
É para lá,
crentes ou descrentes, loucos ou sãos, ilustres ou não, independente de
qualquer inútil filosofia que aos trancos e barrancos nos sustenta
esperançosos... que pretendemos ir, enfim!
Loucura é a
temática desta obra que, em seu texto, mescla céu e inferno, alienação e
dualidade, lucidez e demência. Conforme o escritor francês André Gide “As
coisas mais belas são as que a loucura sopra e que a razão escreve”.
Ao abraçar
esta página de apresentação do trabalho de Nélsinês, torno-me altamente
suspeita como profissional, editora que acolheu, acreditou e acompanhou a
trajetória da professora que, timidamente, me apresentou os seus primeiros
originais.
“Loucos não
insanos” levou-me a todas estas ponderações ao analisar a qualidade dos
escritos desta autora que, em sua primeira
investida, confiou-me seu talento para ser lapidado, direcionado e
reconhecido. Como se isso fosse necessário!
Autores de
ficção, como a escritora, são roteiristas natos que independem de inspirações
sutis ou de experiências folhetinescas. Seus cérebros navegam em dimensões
alheias à nossa imaginação e conhecimento.
Com o
lançamento de “Loucos ilustres loucos” (dando continuidade ao seu primeiro
romance do gênero), Nélsinês nos comprova
que carisma, criatividade e aptidão ainda são, apesar de toda a
instantaneidade da comunicação, o maior trunfo da competência e da originalidade.
Na
responsabilidade (ou irresponsabilidade) de apresentar a presente obra,
atenho-me a testemunhar os caminhos da autora que, premiada nacionalmente pelo
seu trabalho, conquistou por mérito o reconhecimento de seus pares, de sua
comunidade e de seu município ao ser eleita patrona da 26ª Feira do Livro de
Canoas, em 2010.
Parabéns,
Nélsinês! Parabéns aos leitores que em sã consciência escolheram este livro
para navegar no mundo dos loucos que, ilustres ou não, podem ser simplesmente
pessoas julgadas de forma diferente pela sociedade.
Boa leitura!
Clara Forell
Escritora e diretora
da TecnoArte
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