sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Entardecer - poema premiado na FECI

Eis meu poema premiado no IV Concurso Literário da FECI (Fundação Educacional e Cultural do Internacional (Esporte Clube) - POA/RS - set/2011.


ENTARDECER
                                                                              
Quando, à tarde, a cidade silencia
garças brancas aos ninhos a voltar
nasce a hora em que saudades rebrotam
invadindo a alma, bem... bem devagar.

No som do vento, acordes de outros tempos,
tão distantes quanto a areia do azul mar.
Não são antigos, tão somente passados
tão presentes que embalam o recordar.

O mundo em torno inexiste, é nada,
somente um cusco longe e livre a ladrar.
Humanas plagas, primaveras esperam
sementeiras virgens, sonhos mil por semear.

Rincão de amores, áurea luz cristalizada
no silêncio, não há guerra em chão de paz.
Somente os sons de uma gaita em agitos
ao minuano, no trote a cavalgar.

Na ânsia do bem-querer desejo brota
camperear coxilhas, velho rancho visitar.
Neste pampa só o silêncio fundo habita
invadindo a alma, bem... bem devagar.

Enlaçando a vida no rodeio dos campos
segue a aurora cada dia a raiar.
E os gaúchos mundo afora relembram
tradições deste pago a cantar.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Tudo que estava errado outrora, nunca esteve tão certo como agora, no país do nunca antes...


segunda-feira, 26 de setembro de 2011
E em Canoas a PMC gasta R$ 420,00 só com entrega dos jornais e folderes... O que trazem? Leia em O Timoneiro desta semana.

. Quem está na fila e não consegue mais estágio, pode agradecer à deputada Manuela D'Ávila, a autora da nova lei. A nova lei impôs custos adicionais insuportáveis para as empresas, que cortaram as vagas.
domingo, 25 de setembro de 2011
Depois de ter cedido a vez ao seu aliado, o PDT, indicando o deputado Adroaldo Loureiro para conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, o governo de Tarso Genro prepara-se para indicar no mês que vem o primeiro representante do PT para o TCE. Será Estilac Xavier, atual secretário Geral do Piratini.
- Durante 20 anos o PT criticou duramente todas as indicações para o Tribunal de Contas, considerando que os cargos de conselheiros deveriam ser ocupados por gente de carreira. Tão logo ganhou o governo e ficou com a maioria, o PT mudou de lado e aceitou os termos do fisiologismo político gaúcho, nomeando para os cargos os seus políticos em fins de carreira. Um conselheiro do TCE do RS percebe remuneração média anual, contando os benefícios, de R$ 31.800,00 mensais, mais assessores nomeados livremente, carro do ano com motorista, polpudas diárias para viagens e franquia de celular, postagem e computador, além de aposentadoria integral depois de apenas cinco anos de trabalho.

No fim de agosto de 1961 [...] os brigadianos deram o grande exemplo de abnegação na Legalidade. Ganhavam pouco, mas dignamente.[...] Hoje tratados como párias pelo Estado, os soldados da Brigada têm de queimar pneus para que o governo os ouça. Na fumaça nauseabunda, o protesto é também nosso pelo descaso dispensado a esses homens a quem recorremos nos momentos de perigo. Leia a íntegra em ZH de 25/09/2011.

Veja denuncia que uma "Festa dos Bodes" reúne ministros de Estado e de Tribunais, parlamentares, advogados e empresários numa só irmandade do mal

A Veja desta semana  incursiona sobre as festanças de Brasília, em que se misturam autoridades dos três Poderes, empresários, lobistas, advogados criminalistas e réus, muitos réus, investigados por crimes de diversos tipos, insinua que o crime organizado tomou conta do sistema jurídico brasileiro.
Na reportagem “A festa dos Bodes”, nome que lembra o último romance de Vargas Llosa, os jornalistas Daniel Pereira e Rodrigo Rangel retratam um cenário macabro, para o povo honesto deste país, relativo à zona nebulosa por onde circulam os poderosos políticos e altos magistrados: os donos do Phuder.
Naquela zona cinza e incerta todos os leões , lobos e rapozas são pardos.
Ministros de Estado, ministros de Tribunais, senadores, deputados, advogados , empresários com grandes investimentos em obras públicas, interessados em licitações, acusados de falcatruas as mais grossas, à luz do sol são reservados, formais e pudicos.
Sob a luz da lua, cercados por muralhas, refestelam-se em verdadeiros bacanais de ruborizar demônio. A matéria lembra as histórias sobre a Roma em decadência, os bacanais, a prostituição a que se submetem as autoridades e fiscais da lei que deveriam zelar pelo bom andamento das instituições.
(Excertos. Leia mais, no blog do Políbio Braga e em Veja)

Saiba como acabou o MST no Brasil. Seus líderes radicais, agora, só brigam por verbas públicas.

Esta reportagem de capa da IstoÉ demonstra de que modo ocorre "O fim do MST", movimento social que perdeu o apoio, deixou de atrair os batalhões de excluídos e agora só é representado por facções raciais que só brigam por empregos e dinheiro público.
. O avanço da economia e o combate à miséria eliminaram o caldo de cultura do MST, que só sobrevivia em cima da exploração demagógica da miséria alheia.(Excertos)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Para saudar a Primavera

algumas flores do meu jardim...

Esta roseira alcançou a altura da janela do segundo piso.

Ôba, medalha colorada!

Eu e amigos premiados no IV Concurso da FECI:
Veja o resultado:
FECI - Fundação de Educação e Cultura do Sport Club Internacional
IV CONCURSO “Sport Club Internacional” de Contos, Crônicas, Poesias e Histórias do Inter.

             Resultado do concurso 2011

Vencedores: POESIA
1º Lugar - João Justiniano, com a poesia: Tarde Triste - Troféu
2º Lugar - Nelsi Inês Urnau, com a poesia: Entardecer - Medalha
3º Lugar - José Nedel; com a poesia: Conflito Distributivo - Medalha
4º Lugar - Mário Luís Souza Terres, com a poesia: Definição - Menção Honrosa

Vencedores: CONTOS
1º Lugar - Sonia mª D. Athayde, com o conto: Muito além do Olhar - Troféu
2º Lugar - Adilar Signori, com o conto: A Roupa Nº 3 - Medalha
3º Lugar – Antonio Augusto Bandeira com o conto: O Infinito - Medalha
4º Lugar - Edson Xavier De Castro, com o conto: Palavras Trocadas - Menção Honrosa

Vencedores: CRÔNICAS
1º Lugar-Pérola Bensabath Oiy, com a Crônica: Torcedor ou Macho Profano? -Troféu
2º Lugar Sonia Athayde, No Principio,Era a Cor. - Medalha
3º Lugar – Adilar Signori, com a Crônica: O Retrato dos Meus Pais - Medalha
4º Lugar – Alcione Sortica, com a Crônica: O jovem que chora - Menção Honrosa

   Vencedores: HISTÓRIAS DO INTER
1º Lugar - Edson Xavier De Castro com Vermelho Inter-Troféu
2º Lugar - Márcio Mór Gringo, com Mar Vermelho - Medalha
3º Lugar-Júlio Mafra, com O Primeiro Jogo - Medalha
4º Lugar - Mario L. S. Terres, - Menção Honrosa Com Colorado O Clube Do Povo

Medalhas de Mérito Cultural Poético para: Valdir Luiz Scariot com Histórias do Inter: A Tobata Pioneira. Emanuelle Bueno, com a Crônica: Olhar Colorado. Marcelo Allgayer Canto com o poema: Inútil Transigência, Valter Morigi com o poema: Internacional. Viviane Balau, com o poema: Internacional. Iara Irigaray, com o poema Música.


Realização e Coordenação: Cesardo Vignochi Presidente, Marinês Bonacina Diretora Cultural,  Presidente.          
                                      
                                        Porto Alegre, 29 de setembro de 2011.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

21 de setembro - Dia da Árvore

Da
semente
adormecida na terra/
nasceu o sonho de luz num dia:/
tornar-se grande, nobre e bela./ árvore frondosa
de funda raiz/ de flores muitas, orvalhadas/ na bênção dos céus
a embalar/ gorjeios de aves e ninhos tantos/ por bem houvessem nesta paz/
E floriu sorrindo, a primavera/ ao ver os brotos rasgando o chão/
mais uma promessa de imenso valor/ no verão de brisas já se engalanavam/ extensas planícies, vales e montes/ que no outono esplendores de ouro/ vergavam frutos de seiva doce e sabor./ No inverno, o frio de açoites/ ensinou a árvore a fingir-se de morta/ sopro divino, mais tarde, a reflorescer./
Viveu a árvore, assim, cercada de irmãs/ dezenas de anos e séculos até/
até que numa escura noite de insônia/
o triste homem seu tronco sangrou/ tombou a árvore
tristes verdes prantos/pradarias de amores
tornados  desertos/
é serra e machado
plaina, prego e fogo/
deu-lhe   o  homem
um destino e jaz nela/
enfim, seu vil,  cruel
destruidor/ levado ao
 enterro no negro ataúde/
não tem da semente, seu corpo, a glória/
que engendra outra vida que ainda palpita/ e renasce na terra fecunda.

Nélsinês

terça-feira, 20 de setembro de 2011

HINO À TERRA GAÚCHA

Rio Grande do Sul que eu amo
base de todo o Brasil.
Aqui tem quatro estações no ano
e um povo varonil.
Rincão de entreveros e glórias
registra a história em seus anais.
Quem se afasta leva memória
daqui não olvida jamais.
Índios valentes, campeiros
qual Sepé, sempre guapos
valorosos, também, guerreiros
fizeram defesa, os Farrapos.
Desde as Fundações Missioneiras
erigindo progressistas cidadelas,
terras gaúchas, faceiras
porteiras abertas,  chancelas.
Esta terra é abençoada
por São Pedro, gran Patrono.
Do meu coração é morada
e “esta terra tem dono”!
              Nélsinês
Poema publicado na IX antologia internacional "Palavras do Terceiro Milênio. São Paulo: Ed. Phoenix, 2010.

Vivas ao 20 de Setembro!

Hino Riograndense

Como a aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o vinte de setembro
O precursor da liberdade.

Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra.
/: Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra. :/

Mas, não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo.
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo.

Autores:
Letra: Francisco P. de Fontoura
Música: Joaquim J. de Medanha

Para rir um pouco nesta Semana Farroupilha: Horóscopo do Chimarrão

 "Áries - Esse, acha que a cuia é dele! Tu tá recém pondo a chaleira no fogo, e ele já tá ali, perguntando se tá pronto. Esbaforido, sempre se queima, ou fica com a bomba entupida, pois que não tem paciência pra esperar que a erva assente. Dá-lhe um trancaço, diz que no Natal ele vai ganhar uma cuia só prá ele. Não te preocupa, que é loco manso.

Touro -      Ele primeiro vê se a cuia é linda no más... depois, fica ali, acariciando a dita, com cara de libidinoso. Como em geral, é guloso pra caraca, te passa o mate, mas fica te olhando atravessado, e ruminando... como é do seu feitio. Não vale a pena discutir com o bagual, pois além de cabeçudo, quase sempre é o dono da cuia e da bomba.

Gêmeos -         O vivente já entra no rancho falando e contando causo, trovando e matraqueando que é um inferno. Tudo isso, com a cuia na mão. Até que o povaréu começa a ficar nervoso. Conselho: antes que esfrie até a água da térmica, saiam de fininho e vão tomar mate em outro lugar. Ele nem vai notar.

Câncer -     Esse já pega a cuia com ar de desolado, pois que a cuia lhe lembra a mãe. De tão sentimental, às vezes, até chora, lembrando do primeiro chimarrão (que a gauchada nunca esquece). Quando sente medo  do escuro, dorme com a cuia embaixo do travesseiro. E tem pencas de cuias e bombas entupindo as gavetas... de recordação, diz o infeliz...

Leão -   Loco e convicto, não é que me inventou de mandar gravar um brasão de família na cuia e outro na bomba? Só toma chimarrão se tiver um povo em volta pra ficar lhe olhando, e aí, aproveita, e desata a trovar e a declamar, esperando que lhe aplaudam. Sempre é bom não contrariar.

Virgem -   Primeiro, ele lava as mãos e todos os apetrechos, depois, confere se a erva é ecológica, e por aí vai. Acha que, o certo mesmo, era cada um ter a sua própria cuia, bomba e mate. Mas, por via das dúvidas, carrega sempre um paninho que, discretamente, vai passando no bocal da bomba. Como é metido a botiqueiro, e conhece todo tipo de erva deste Rio Grande, enquanto mateia, vai dando receitas e curando, de lombriga a esquizofrenia.

Libra – Cheio das nove-hora, chega a pegar a bomba com os dedos levantados. Mas compensa, pelo senso de justiça. Só toma o mate depois que todo mundo já se serviu. Pra ele, matear, também pode ser sinônimo de namorar; daí que, se prenda, só faz roda de mate com a indiada marmanja, e, se marmanjo, põe açúcar e mel na cuia, e vai, todo lampero, pro Brique, ver se atrai as mosca, quer dizer, as moça.

Escorpião - Pega a cuia, e matreiro... sai de fininho para algum canto, remoendo elucubrações, encucações e toda a sorte de loucuras. Sem essa de que vingança é um prato que se come frio, pois que, na água quente do amargo, fica tramando seus planos passionais (inclusive, e principalmente: Revolução Farroupilha - a revanche!). E, ai daquele que não lhe passar a cuia! Outro que tem fantasias com a cuia, com a bomba e com a chaleira (ou térmica). Só não me pergunte quais.

Sagitário -    Em geral estrangeiro, pois sagitariano que é sagitariano, nunca está em seu país de origem; aqui, no Rio Grande, pode ser um carioca, paulista ou baiano que, sem entender nada de tradição, fica mexendo o mate, com a bomba como se o amargo fosse um milk-shake. Conheci um que queria misturar mate com fanta uva.

Capricórnio - Inventou o tele-chimarrão com pingo-boy e tudo; além do chimarrão de negócios, o qual pratica toda a sexta-feira na sua empresa, que, aliás, exporta cuia, bomba, erva e demais aparatos para a gringolândia. Diz que já tá fazendo até inglês largar o chá e pegar a cuia.

Aquário -    Rebelde até a última cuia, acha que esse negócio de chimarrão tá superado. Só não sabe pelo quê. Doido, mas metido a bonzinho, adora um povaréu; daí que, convida todo o vivente que estiver passando, pra sua roda de mate. Acha que se o chimarrão fosse servido na ONU, o mundo seria outro.

Peixes -       Inventou a leitura de cuia e recebe entidades durante a mateada. Se desconhece o tipo de ervas que usa... mas, diz que faz roda de chimarrão com os daqui e com os do além. Por isso, um conselho de amigo: se a roda de chimarrão for em outra estância, que volte de táxi."

Desconheço o autor.
Obs.: Sou de escorpião... rs rs rs

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

19 de setembro - 19 h

Em comemoração ao
DIA DO POETA CANOENSE
e Aniversário da
CASA DO POETA DE CANOAS
convidamos para o
SARAU/JANTAR (R$ 10,00)
Parque Eduardo Gomes (Parcão)
Dia 19/09 – 19 horas
(Estação Fátima)

sábado, 17 de setembro de 2011

Uma lição

A penta-legal Juliana enviou-me hoje a maravilhosa mensagem:
"Renascer sempre, desatar nós é preciso. Mesmo que às vezes tropecemos e voltamos alguns passos. Quando retomamos a caminhada o caminho pode ser igual, mas os passos já não serão os mesmos."
Grande lição, profundas palavras que estou tentando aprender, além de outras tantas que preciso.
Abração à Juliana e a todos os amigos!

Estacionei

    Margem de caminho...

estacionei. Onde?

Dia nublado, campo de competição:
duelos, disputa, troféus e cicuta
resultados de realização.

Margem da estrada...
estacionei. Como...
Uma parada, de repente
baque brusco, já não busco
cansei.

Estacionei. Procuras de por quê...
Equipamentos? Resposta decorada...
Combustível? Tanque transbordando...
não resolvi nada!

Estacionei à margem da vida
e da batalha acirrada.
Força das circunstâncias
das certezas e inconstâncias
mil pensares e pesares
não conclui nada.

Estacionei à margem da sina
inerte... o mar de ondas vagas
já me atingem, já me afagam...
Estacionei à margem de tudo
com minha alma cansada.

sábado, 10 de setembro de 2011

Explicando ausência

Olá, amigos! Sei que há coisas que se explicam, embora não se justificam. Então, cá estou apenas para constar e dizer que, ainda não, porém, talvez, em breve, estarei de volta à luta.
Se, no entanto, minha ausência em muitas coisas não se justifica, perdoem-me pelo menos, as vírgulas em demasia, pois que estou lendo Machado de Assis e nunca vi alguém mais virguleiro que este. Devo estar, portanto, meio envirgulada, ou mais do que já era (rs).
Para explicar aos que me conhecem, a luta em que estou engajada atualmente é transformar uma travessia de Saara em algo "tipo assim", SPAAA:  Sempre Por Aí... Além... Até... (rs rs)
Até breve, então! Que, às vezes, os tempos longos também têm os minutos contados.
Bom Mês de Pátria, de Tradições Gaúchas e início de Primavera a todos!