terça-feira, 31 de março de 2015

31/03/15 - SALVE O 31 DE MARÇO!

Por Maynard Marques de Santa Rosa

     "A esquerda brasileira tenta sepultar a memória do 31 de março, com o mesmo artifício revisionista que a esquerda francesa utilizou para esquecer o 18 Lá, a ameaça de volta do terror e o anseio por estabilidade criaram o consenso que erradicou a República e implantou o regime do Consulado, embora à custa das conquistas revolucionárias.
Aqui, o caos do desgoverno e a anarquia de inspiração ideológica, no início dos anos 1960, empurravam o País para o cenário da Guerra Civil Espanhola, tornando inevitável a intervenção militar.
   A diferença é que o governo Castello Branco não tinha aspirações napoleônicas. E os jacobinos de lá eram nacionalistas, enquanto os daqui usavam o internacionalismo proletário para justificar o patrocínio estrangeiro.

Digam o que quiserem os revisionistas, a intervenção de 1964 veio com apoio popular, sob o consenso das forças políticas e respaldada no princípio constitucional de que “todo o poder emana do povo”.
Na França de 1799, seguiu-se o projeto de glória de um homem só. No Brasil, tomou corpo o ideal de uma geração de militares, iniciado com os “jovens turcos” que retornaram da Alemanha de Guilherme II, trazendo a inspiração de Kemal Ataturk, de que é possível reverter o atraso secular de um povo, quando se combinam patriotismo, espírito renovador e liderança. O tenentismo de 1930 ressurgiu, renovado, no projeto desenvolvimentista de 1964.
Graças ao planejamento estratégico, a economia teve um crescimento contínuo e sem precedente, durante vinte anos, a despeito da subversão comunista e das crises do petróleo de 1973 e 1978.
Uma liderança honesta e empreendedora, com um projeto nacional, reverteu as bases rurais da sociedade, consolidou a industrialização, integrou o País e resgatou a Amazônia da crise em que se debatia desde o colapso do mercado A redemocratização foi gradual e civilizada, conduzida sob o princípio da conciliação, consagrado no instituto da anistia. Aqui, não houve restauração sob a ameaça de forças estrangeiras. Entretanto, a politização que se seguiu trouxe de volta os atavismos da corrupção, da incompetência e da desarmonia.
A ausência de um projeto de futuro, após o ciclo revolucionário, deu espaço às políticas errantes de cunho populista que vêm transformando o Brasil em uma autarquia clientelista de fundo fascista.
A lei do progresso, porém, é inexorável. O despertar visível da juventude pensante trará a onda renovadora, que haverá de varrer a inércia atávica e as raízes ideológicas de desarmonia, fazendo raiar luminosas esperanças.
O marco histórico do 31 de março volta a suscitar nos corações patrióticos o apelo ao compromisso de união de todos em torno do ideal de um Brasil progressista, justo e fraterno, berço da liberdade e coração do mundo."


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sexta-feira, 27 de março de 2015

Tocando o âmago da alma...

Vale ler e reler estes dois poemas de Milton Pires, o corajoso médico que não vendeu sua alma, apesar das rasteiras que sofreu. 
Milton Pires Sou sua fã!

Quando eu Voltar..
Não acho que a vida se acaba..
é a morte que vem e convida, 
chega assim, bem de mansinho,
professora, quase uma amiga..
A morte trabalha, coitada..tudo
sabe, pondera, analisa, e não
(como quer tanta gente) é esse
bicho papão..
Tolo não há que duvide que 
dela se possa fugir e na vida 
o destino escolher...Nasci já
sabendo que morro..
Volto aprendendo a viver...
Porto Alegre, março de 2015.

Alma da Madrugada..
Milton Pires
Silêncio da madrugada..e
Porto Alegre adormecida
na longa noite Meridional
Tudo cala no escuro e
respira intervalo maior
a alma em vigília total
Almas não pegam no sono
nem sabem como acordar,
o tempo pra' elas parou
Segue minha alma, poeta
cruza essa noite velando
e dá testemunha sozinho
do Mundo em que Deus
te jogou..
Porto Alegre, março de 2015.


sábado, 14 de março de 2015

"Bendito o que faz o povo pensar!"

“Oh! Bendito o que semeia

Livros à mão cheia
E manda o povo pensar!
O livro, caindo n'alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar!”

Castro Alves




Em homenagem a Castro Alves, poeta condoreiro do Romantismo brasileiro, o dia 14 de março é o Dia Nacional da Poesia.

Um dos poemas dele que me emocionam é:

Duas Flores 

São duas flores unidas
São duas rosas nascidas
Talvez do mesmo arrebol,
Vivendo no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.

Unidas, bem como as penas
das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.

Unidas, bem como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar...
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.

Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!

Castro Alves

segunda-feira, 9 de março de 2015

Adilar Signori - mais uma conquista literária

Nosso recordista em prêmios literários ganhou mais uma Menção Honrosa.
Claro que esta é apenas mais uma das mais de 50 ótimas classificações que já obteve.
Aí vai uma pequena listinha, apenas de alguns desses prêmios... E o último texto premiado no 5º Concurso Literário Internacional Buriti Cronicontos 2014 - São Paulo – SP


PRIMEIROS  LUGARES  EM  CONCURSOS  LITERÁRIOS – ADILAR SIGNORI

2008 - 9º  Concurso de Literatura da Fundação Cultural de Canoas/RS –  Categoria Conto: “O entrevero da barata no dia D de um colorado” – Categoria Crônica: “Os Tropeiros de Roca Sales”.

2009 – Concurso Literário Novos Talentos: Escritos/Escritores II – ALIVAT -  Lajeado/RS – Categoria Crônica Histórica:  “O Cine Rola” – Categoria Crônica: “Meu Pé de Jasmim”.

2010 –Concurso Chadayl de Cuento Corto Y Poesia “Antonio Apa Lucas” – Montevideo/URUGUAY – Categoria Conto: “O entrevero da barata no dia D de um colorado”.

2012 – Concurso Literário Cristóvão Pereira de Abreu – Estância da Poesia Crioula – P.Alegre/RS – Categoria Crônica Histórica: “O Tropeiro Francisco Pinto Bandeira”.

2012 – V Concurso FECI – Fundação de Educação e Cultura do Sport Club Internacional – P.Alegre/RS – Categoria Histórias do Inter: “A única decisão de futebol que não assisti no Estádio Beira-Rio”.

2012 – XVII Concurso Literário Nacional- Caxias do Sul/RS – Categoria Conto: “A filha que não lia o que o pai escrevia”. – Categoria Crônica: “Roca Sales – a origem histórica do seu nome”.

2013 – Concurso Literário Novos Talentos: Escritos/Escritores IV – ALIVAT – Lajeado/RS – Categoria Crônica Histórica: “ O Cinema do Otacílio”.

2013 – VI Concurso FECI – Fundação de Educação e Cultura do Sport Club Internacional – P. Alegre/RS – Categoria Crônica: “Roca Sales – a origem histórica do seu nome”. – Categoria Histórias do Inter: “Elton Fensterseifer”.


CONCUSOS  LITERÁRIOS  DO  SPORT  CLUB  INTERNACIONAL – FECI

I Concurso:    Não participei em 2008.
II Concurso:   Menção Honrosa em 2009, na categoria contos – “ O Entrevero da barata no dia D de um colorado”.
III Concurso:   3º lugar na categoria crônicas em 2010 – “Os Tropeiros de Roca Sales”
IV  Concurso:  2º lugar na categoria contos em 2011 – “ A Roupa nº 3”
                             3º lugar na categoria crônicas em 2011 – “O Retrato dos meus pais”.    
V Concurso:   1º lugar na categoria Histórias do Inter em 2012 – “A única decisão de futebol que não assisti no Estádio Beira-Rio”.
VI Concurso:   1º lugar na categoria Histórias do Inter em 2013 – “Elton Fentserseifer”
                       1º lugar na categoria crônicas em 2013 – “Roca Sales – a origem histórica do seu nome”
                        4º lugar na categoria crônicas em 2013 – “Uma viagem mental”
                        3º lugar na categoria contos em 2013 – “Carta ao professor Canisio”
VII Concurso:    2º lugar na categoria Histórias do Inter em 2014 – “A Biblioteca Zeferino Brazil”.

         Dados pessoais:
         Nasci em Roca Sales/RS em 10.01.1947 no Hospital Roque Gonzales. Resido em Canoas desde 12.02.1963. Comecei a escrever aos 61 anos de idade. Alem de ler e escrever, a sua maior paixão é a fotografia. Possuo 53 premiações literárias, sendo que 12 em 1º lugares. Já participei de 40 coletâneas.   
        Fone 51 84 29 06 99
        E-mail  a-ese@hotmail.com
        Facebook  Adilar Signori. 

"A ESCRITA DA LUZ "

"Por gostar de escrever, penso que a melhor definição que encontrei, sobre a arte de fotografar, foi "a escrita da luz". Sempre tive paixão pela fotografia. Sou um amante deste hobby maravilhoso que dura até hoje. A fotografia sintetiza a beleza, luz, sonho, movimento, cor, gesto de ternura, paixão e eternidade. É uma forma de terapia, pois alimenta a força de registrar instantes inesquecíveis.
Entre os momentos significativos da minha vida, a lembrança da primeira máquina fotográfica permanece viva na memória. Como poderia esquecer-me do que ocorreu na juventude, da recordação do primeiro beijo? Dificilmente. Posso afirmar que, além disso, nunca me esqueci da primeira máquina fotográfica.
Com grande alegria adquiri em 1965 a Rio-400 da marca Kodak. O fato é que a mesma popularizou a fotografia no Brasil. Na ocasião do IV Centenário de fundação do Rio de Janeiro, aconteceu o lançamento da primeira câmara da Kodak na fabricação de máquinas no País.
Com essa pequena relíquia, cliquei como amador e autodidata a primeira fotografia. Era bem simples. Filme de rolo, sem muitos recursos, com poucas regulagens, porém vanguarda para aquela época. Não se poderia tremer.Todo o cuidado era pouco, caso contrário, o resultado não ficaria bom. Eram tempos que demoravam uma semana para receber as fotos. Os filmes eram revelados em laboratórios. Esperava-se com expectativa que as fotos ficassem prontas. Apesar de que, em minha opinião, não interessa se temos uma máquina de muitos recursos e sim o dom da sensibilidade de fotografar.
Infelizmente não guardei as inúmeras câmaras raras que tive. Atualmente me arrependo disso. Devido o tempo transcorrido do episódio, esqueci-me dos modelos. Teria condições de comparar os aparelhos fotográficos surgidos e a evolução da tecnologia.
A descoberta do desejo de fotografar veio de adolescente. Não possuía máquina e ficava curioso, admirando o retratista rocassalense, Augusto Dickel, no exercício de sua profissão. Provavelmente, o meu interesse despertou também com o manusear dos retratos em preto-e-branco de antepassados. Por paradoxal que possa parecer, as fotos em preto-e-branco são consideradas as mais artísticas. Com o passar do tempo, criei o hábito de olhar trabalhos de outros fotógrafos nas revistas ilustradas. Ao surgir fotos em cores, o meu prazer exacerbou-se. Aprendi, ao longo destes anos, a apreciar pormenores visuais e enaltecê-los, graças a uma vontade enorme de poder contar os registros dos acontecimentos através das imagens.
O início da era digital possibilitou ao fotógrafo mais facilidades. Para ilustrar essa minha inserção na modernidade, ao escrever com a luz, possuo agora uma câmara Sony Cyber-Shot Tx9 12.2 Megapixels. Ela cabe dentro do bolso de uma camisa e continuamente está pronta a disparar. Ainda não me considero adaptado das técnicas de manipulação digital. Não tenho por costume retocá-las ( a verdadeira fotografia sai do click). O meu trabalho objetiva registrar o mais próximo da realidade.
A minha predileção vai desde o ambiente urbano até a natureza exuberante. Sinto prazer em guardar para toda a vida as imagens, e mostrá-las aos amigos. Tenho a satisfação de organizar álbuns de recordações, porque "uma imagem vale mais do que mil palavras". Nas redes sociais compartilho os instantâneos interessantes. Participo de exposições, além de aproveitar as Feiras de Livros, a convite de colegas escritores. Esse é o meu exclusivo objetivo.
Ao observar minhas fotos, após um tempo, lembro-me dos detalhes e posso contar várias histórias daqueles instantes únicos. Vejo-as demoradamente, com os olhos da alma. Momentos marcantes. São imensas as sensações de encanto estético. A fotografia consolidou o estatuto de arte maior desde o surgimento, consistindo de fragmentos de pura emoção, que aprimoram o saber-olhar e permite ver esse mundo com afeição. Enfim, a fotografia nos proporciona alargar a imaginação e aumentar as reminiscências que se acumulam e revelam-se.
Autor Adilar Signori - Escritor rocassalense e canoense."