sexta-feira, 27 de março de 2015

Tocando o âmago da alma...

Vale ler e reler estes dois poemas de Milton Pires, o corajoso médico que não vendeu sua alma, apesar das rasteiras que sofreu. 
Milton Pires Sou sua fã!

Quando eu Voltar..
Não acho que a vida se acaba..
é a morte que vem e convida, 
chega assim, bem de mansinho,
professora, quase uma amiga..
A morte trabalha, coitada..tudo
sabe, pondera, analisa, e não
(como quer tanta gente) é esse
bicho papão..
Tolo não há que duvide que 
dela se possa fugir e na vida 
o destino escolher...Nasci já
sabendo que morro..
Volto aprendendo a viver...
Porto Alegre, março de 2015.

Alma da Madrugada..
Milton Pires
Silêncio da madrugada..e
Porto Alegre adormecida
na longa noite Meridional
Tudo cala no escuro e
respira intervalo maior
a alma em vigília total
Almas não pegam no sono
nem sabem como acordar,
o tempo pra' elas parou
Segue minha alma, poeta
cruza essa noite velando
e dá testemunha sozinho
do Mundo em que Deus
te jogou..
Porto Alegre, março de 2015.


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