domingo, 29 de julho de 2012

Um poema excepcional



O GRANDE MURO

Eliane Triska


Um dia, hei de abeirar-me ao grande muro
E juntar-me aos milhares de destroços,
Mas eu vago na terra é pelos furos,
E outra coisa será o tempo nosso.


Qual letra tira o peito do vazio?
A graça da charada ao mundo cabe,
Mas, dentro dele, sem visão, eu rio.
Fora do riso, se couber, desabe!


Lembrar-me-ei da escola de Epicuro:
O existir sem temor de não ser mais
E, já não sendo, não temer o escuro.


Alguém virá fechar a minha boca
Dirá o sentir, com letras nos jornais,
Por ela ter virado coisa oca!

Canoas, julho de 2012/RS


 (¨`·.·´¨) Anna
     `·.¸ (¨`·.·´¨)Paes
   `.¸.·´ 

Um comentário:

  1. Querida Escritora Nelsi! Mais uma vez recebo com muita alegria em teu prestigiado site, um espaço para meus versos. Muito feliz com o teu carinho. Bjs Eliane Triska

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