“Um dia, quando meu netos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que move os pais e mães; quando eles perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:
’Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo....
’Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo....
As outras crianças comiam doces e salgadinhos no lanche e nós tínhamos que comer sanduíches naturais, frutas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, verduras e legumes.
E ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem bem à vontade no sofá da sala vendo televisão.
Ela insistia em saber onde estávamos, à toda hora tocava nosso celular de madrugada e ela ‘fuçava’ nos nossos e-mails. Era quase uma prisão!
Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos.
Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela "violava as leis do trabalho infantil". Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruéis. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.
Ela insistia conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos.
A nossa vida era mesmo chata! Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que bater à porta, para ela os conhecer. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos ou menos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).
Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na infância e adolescência:
Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. FOI TUDO POR CAUSA DELA!
Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. FOI TUDO POR CAUSA DELA!
Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos ‘PAIS MAUS’, como minha mãe foi.'
Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes que os amei o suficiente.
Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão, porque os tinha constantemente no meu coração.
Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para fazê-los pagarem as balas que tiraram do supermercado ou devolverem as revistas do jornaleiro, dizendo: " Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar".
Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos. É que pelo quarto começa a ordem e o asseio do mundo de cada um.
Eu os amei o suficiente para deixá-los verem além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos quando teimavam não fazer o que era preciso e do modo apropriado.
Eu os amei o suficiente para fazê-los assumirem a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em momentos até me odiaram mesmo).
Essas eram as mais difíceis batalhas de minha vida de mãe. Mas, estou contente: venci...
Venci através de vocês. Porque afinal, vocês venceram os obstáculos da vida e as dificuldades do caminho!
Venci através de vocês. Porque afinal, vocês venceram os obstáculos da vida e as dificuldades do caminho!
EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE: NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS! E o mundo? Não é nada bonzinho...”
(Autoria desconhecida)
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